Origem do projeto
No ano de 2019 a Priscila Sabka Thomassen, artista visual e terapeuta, realizou um projeto chamado “Registro da Fênix: ressignificando dores em arte no ambiente hospitalar”, viabilizado através do Edital do FAACE e Pro-Cultura RS. A ação teve como objetivo promover uma reflexão sobre a importância da arte no processo de resiliência através da fruição artística e da construção poética no espaço hospitalar.
Ao longo do ano, com colaboração de uma equipe, realizou Oficinas de pintura, assemblagem, recorte, colagem, mosaico e dança com pacientes e acompanhantes dentro do Hospital Santa Teresinha, utilizando para os trabalhos artísticos, materiais atóxicos e aproveitamento de bulas, blisters e caixas de remédios que serviram de suporte sustentável para o processo de criação.
O trabalho contou ainda com exposição das mesmas com intervenções artística como pintura, texto, recorte e colagem, onde busquei além da apreciação, também a reflexão sobre os processos criativos como forma de resiliência e fruição.
Este projeto finalizou com a publicação de um livro no início de 2020. A partir deste primeiro projeto, surgiram diversos outros, sempre tendo a Fênix como norteadora das ações propostas.
E com o início do isolamento social por conta da COVID-19 surgiu o projeto “Somos Fênix” para estimular a arte e resiliência através de novos movimentos em casa e ao ar livre, envolvendo diferentes linguagens artística, como: audiovisual, dança e música.
Desenvolvimento criativo
Como uma das etapas mais desafiadoras em qualquer projeto, nossa equipe dedicou-se para desenvolver um conteúdo cultural relevante.
A criatividade, intuição e humanização nortearam as ações.
Assim, o projeto que tem financiamento do Fundo de Apoio e as Artes de Erechim - FAACE conta com a criação de um documentário artístico, registrando toda a produção de um Flash Mob em tempos de isolamento social, desde a concepção da coreografia, da criação da música com a percussão como instrumento principal, do processo de seleção dos dançarinos com audições online, dos ensaios individuais nas residências de cada participante, com interação virtual do coreógrafo, até a apresentação do Flash Mob na Praça da Bandeira, com participação dos bailarinos e de músicos executando ao vivo a composição criada, respeitando todos os protocolos e com todos os cuidados necessários.
O movimento foi gravado na perspectiva terrestre e aérea.
Para completar o documentário, contamos com registros de depoimentos caseiros da equipe envolvida na produção e também dos dançarinos falando sobre este período de pandemia, sobre o processo de se reinventar e sobre a esperança através da expressão artística.
Queremos mostrar a importância do movimento em direção a vida, fazendo uma referência a Fênix e ao seu protagonismo ao renascer das próprias cinzas.
